quarta-feira, 15 de junho de 2011

SAIU NA IMPRENSA: Múltiplas lembranças

* por José Gilmar Nasatto
As últimas sessões da Câmara de Vereadores de Taió têm apresentado discursos diferenciados. Talvez pelo ingrediente novo na política local, pelo episódio envolvendo o ex-deputado federal Nelson Goetten. Situações como essa, provocam desde a comemoração sarcástica por parte de seus adversários a decepções acentuadas em seus simpatizantes. De um lado, uns comemoram a desgraça – tão intrínseca da natureza humana, defectível e lamentável -, e de outro, discursos propondo o equilíbrio das forças, levantando temas graves de má gestão pública. É normal que os feitos positivos, mesmo que em maior número, sejam soterrados pelos maus feitos, em qualquer instância da vivência humana. Assim, rapidamente, deseja-se esquecer que Taió viveu seu mais glorioso momento político ao eleger um dos seus à Câmara Federal e que muitas ações positivas decorreram dessa conquista, não só para Taió, como para toda a região.
Os maus feitos insistem em prevalecer e poderão ser os únicos a serem lembrados. A lei é de causa e efeito, é de ação e reação. Pela dádiva da inteligência e do livre-arbítrio sabemos que somos filhos de nossas próprias obras, portanto, colhemos sempre o que plantamos. Como nos afirmava Chico Xavier: “A semeadura é livre; a colheita é obrigatória”. Nosso desejo é que a justiça dos homens, historicamente permeada de injustiças e suspeições, seja feita e que cada um responda pelos seus atos. Por conta disso, os debates tornam-se acalorados.
Enquanto vereadores, adversários do ex-deputado levantam seus maus feitos, fazendo do tema o assunto mais importante do mundo, os simpatizantes lamentam a prisão do ex-deputado, pedindo cautela nos pré-julgamentos, até que a justiça se manifeste definitivamente.
Explicações cabais são desprezadas para assuntos graves em pauta no parlamento Taioense. Documentos foram exibidos pelo vereador PAULINHO – disponível em vídeo, apontando coisas muito estranhas. Uma delas, informa que a secretaria de educação adquiriu cadernos para a rede municipal de ensino ao custo de R$ 26,00 cada, enquanto no comércio local, um caderno equivalente, não passaria de R$ 7,50. O vereador informa ainda, que em 2010 a prefeitura pagou a título de arbitragem, R$ 50.960,00. Pelas contas, o edil informa que a R$ 150,00 por partida, que é o custo oficial, daria pra pagar juízes e bandeirinhas para 339 jogos, o que equivaleria a 29 jogos por mês, o ano todo! E não para por aí.
Criticou a pressa da vereadora Clarice, quando presidente interina da Câmara, em aprovar projeto para criação de cargo de assessor jurídico para a prefeitura, cuja vaga foi ocupada por seu marido. Destacou que antes, o assessor jurídico estava contratado para trabalhar 40 horas semanais na prefeitura de Taió e mais 40 horas semanais na prefeitura de Mirim Doce, o que seria humana e fisicamente impossível trabalhar em duas prefeituras ao mesmo tempo.
Asseverou que a prefeitura gastou com a GS Propaganda (som de rua), só no carnaval de 2011, R$ 33.000,00, pagando notas fiscais de fornecimento de iluminação e banheiros. Defendeu o ex-deputado Nelson, por suas obras; cobrou seriedade na gestão municipal e as promessas de campanha do “plano 15”. Assuntos polêmicos, que merecem boas, responsáveis e rápidas explicações, de todas as partes.

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