sábado, 4 de junho de 2011

Vexame para Santa Catarina

Estado é o primeiro no ranking na diferença salarial entre os sexos: homens ganham 30,3% a mais que as mulheres

Dados do Ministério do Trabalho revelam que em Santa Catarina as mulheres ganham, em média, 30,3% a menos que os homens. Isso ocorre em todas as regiões do Estado, faixas etárias e níveis de instrução.

Em relação ao nível de instrução, 15,7% dos homens com nível superior ocupam cargo de chefia, contra 11,9% das mulheres. Outro fator que revela a diferença entre os gêneros no mundo do trabalho em Santa Catarina são os aumentos salariais concedidos pelas empresas catarinenses: o menor aumento é sempre para as mulheres.

A diferença salarial no Estado contradiz o nível de escolaridade. Enquanto os homens estudam, em média, nove anos, as mulheres estudam dez. O estudo do Ministério do Trabalho revela, ainda, que 53% dos homens têm ensino médio, entre as mulheres o percentual chega a 64%.

Se pegar uma categoria específica, a dos professores da rede estadual de ensino, Santa Catarina está na 17ª posição de menor salário do País. Embora os salários sejam baixos, a diferença entre os sexos não é latente graças ao plano de carreira do magistério catarinense. Com salários tão baixos, não restou outra alternativa aos professores estaduais senão a greve por tempo indeterminado, exigindo o cumprimento da lei que criou o Piso Nacional do Magistério, calculado pelo MEC em R$ 1.187, ante o atual vencimento de R$ 604,00, abaixo, inclusive, do salário mínimo regional que é, em média, de R$ 660,00.

Em resumo, a pesquisa do Ministério do Trabalho aponta que as mulheres estudam mais, mesmo assim recebem menos e têm menor ascensão a cargos de chefia. Uma vergonha para um Estado que se diz de primeiro mundo. O segundo Estado com maior diferença é São Paulo, com 27%. A menor foi apontada no Amapá, que registrou 0,4%.

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