O texto é de Moacir Pereira da RBS. Faltou falar das famosas SDR's... Mas o texto é muito bom |
Este o cenário apresentado na reunião mensal da Federação das Indústrias de Santa Catarina aos conselheiros e diretores do sistema Fiesc pelo secretário da Fazenda, Ubiratan Rezende. Objetivo e pragmático, não mediu as palavras e revelou todos os números com transparência.
Por que o governo não investe mais em educação, saúde, segurança e infra-estrutura? Segundo o secretário, porque tem menos de 2% da arrecadação total para destinar a estes investimentos. O ICMS teve aumento de 16,3% em janeiro, 22% em fevereiro e 19,8% em março. São números espetaculares a revelar uma dinâmica nova na economia estadual.
Mas isto melhora muito pouco o caixa do Tesouro. As despesas estão todas vinculadas e sobra muito pouco para o Executivo. São 25% para os municípios, 25% para educação, 13% para pagamento da dívida federal, 12% para a saúde,7,7% ao Tribunal de Justiça, 3,82% para a Assembléia Legislativa, 3,2% ao Ministério Público, 2,1% à Universidade do Estado e 1,4% ao Tribunal de Contas.
Para se ter uma idéia da gravidade da situação, no ano passado o Tesouro investiu apenas 225 milhões de reais de toda a receita. Todo o resto veio dos Fundos, do Fundeb, do salário-educação, de operações de financiamento e de taxas.
Por que a máquina pesa? Porque a folha de pagamento dos servidores dos três poderes leva 51% de toda a receita. E as perspectivas não são nada animadoras. Há despesas adicionais nos salários durante todo este ano, a folha tem crescimento vegetativo e há decisões que poderão elevar os custos, como o piso nacional de salário do magistério.
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